terça-feira, 20 de abril de 2010

A Acupuntura no Ocidente

Notícias sobre uma forma exótica de medicina praticada pelos chineses já chegavam ao Ocidente desde 1255, com a "Viagem à Terra dos Mongóis", de William de Rubruk. Padres jesuítas portugueses, ao viverem longos períodos no Japão à partir do século 16, puderam conhecer mais detalhes da forma japonesa de praticar a medicina chinesa. No século 17 começaram os relatos médicos propriamente ditos, feitos por médicos ocidentais que viveram na Ásia, como Jakob de Bondt, Buschof, Willem ten Rhijne, Engelbert Kaempfer. Houve então um período de enorme interesse pela acupuntura, que já havia passado quando Dabry de Thiersant publicou em 1863 "A Medicina dos Chineses", citando inclusive trechos do "Da Cheng". Talvez por causa da presença francesa na Indochina, somente na França ainda encontraríamos algum interesse esporádico em acupuntura, até que Soulié de Morant publicou "A Acupuntura Chinesa". Soulié de Morant tentou despertar o interesse médico pela acupuntura, porém o fato de não ser médico contribuiu para uma reação negativa por parte da comunidade científica da época.
Alguns dos termos empregados por ele, como "energia", "meridianos", permanecem em uso até hoje em algumas escolas ocidentais de acupuntura.
Depois, surgem os trabalhos de Chamfrault, e Niboyet, médicos franceses pioneiros, além de Nguyen van Nghi, médico vietnamita que vive na França.
O interesse da comunidade médica foi finalmente aceso quando houve a notícia de que o jornalista americano James Reston foi tratado com acupuntura, e de que na China a acupuntura era usada como analgesia em cirurgias. Várias clínicas de dor crônica passaram a usá-la como terapia, e com o despertar do movimento alternativo, mais e mais médicos passaram a se interessar pela acupuntura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário